Soube, no outro dia, que as pessoas que sabem que vão morrer, podem deixar alguém a gerir a sua conta do Facebook. Isto é uma espécie de empreendimento do outro mundo, um projecto sobrenatural, muito provavelmente financiado pelo Instituto de Esoterismo de Portugal. Porra, o Facebook está mesmo muito à frente. Eu aludo ao esoterismo porque, para um gajo que sabe que a pessoa já morreu, e continua a ver publicações dela, aquilo deve arrepiar. Ficamos logo a pensar: "Ai a merda... então mas ele não tinha vestido o pijama de madeira...? De onde é que ele está a publicar aquilo?" E depois geram-se dúvidas: de onde é que vem o Wifi? Será uma net divina? E o router apanha o Céu todo? É que um gajo não está disposto a morrer e depois haver falhas na net, seria ridículo. Ou então mesmo muito azar até na morte. Mas há mais azar do que isso. Até porque quem acredita na vida depois da morte, diz que assumimos outra forma. Olhem Deus dar-nos a cara do Carlos Castro e, vocês olham para
Ontem foi o famoso dia da liberdade, o nosso querido 25 de Abril. E este dia, que seria para todos celebrarmos com alegria e orgulho, por termos saído da opressão de um Estado Novo que pouco ou nada nos ajudou, não são todos que o fazem. Muita gente aproveita este dia para fazer um activismo verdadeiramente idiota, que se baseia em ficar bem na fotografia por dizer coisas como: "O 25 de Abril deu-nos tudo e vocês não o valorizam!" ou: "Quem não festejar o 25 de Abril não é bom português!" Ou a minha preferida: "Votaram no Zé das Couves! Grandas anormais! Fascistas!" Se criticas alguém por discordar de ti, estás a querer mandar na vida dele. Mas o fascista é ele. É uma coerência do caralho. As pessoas sabem o que foi o 25 de Abril, não precisas de as lembrar. Sabem a importância do dia, não precisas de as lembrar. Às tantas tu é que não sabes o que foi porque, aparentemente, estás sempre a falar disso. Às tantas estás à espera que alguém te pergunte: "